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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Definitivamente, a maior loucura que ja aconteceu na minha vida...



Primeiro: Eu tentei resumir ao máximo a história, mas isso foi o menor que eu consegui fazer... Eu não consegui mostrar nem a metade das coisas que aconteceram nas 36 horas mais loucas da minha vida...


É o seguinte...


O texto é grande... então se tiver com preguiça, aí vai o resumo da história:


Eu acordei tarde, me atrasei, viajei pra a cidade de Areia numa traxx, não encontrei meus amigos, me danei no meio do mato atrás deles, descobri que roubaram meu capacete, cheguei tarde, tive que dormir numa cidade que eu não conhecia ninguém, tinha pouco dinheiro, dormí numa pousada, minha mãe mandou um capacete pra eu poder voltar pra casa, eu viajei de noite sem farol e no final foi TUDO MUITO FODA!!


Mas se vc não tiver com preguiça e tiver paciencia pra ler esse "textinho"...
Leia...

Eu nem sei como começar, então vou começar do começo:

O Celta (amigo meu) convidou quem quisesse pra fazer uma trilha (a pé) na mata do Pau Ferro (Areia – PB) que fica a 45 km de Campina Grande – PB. Até ai tudo bem, todos marcaram de se encontrar às 7:00h do domingo no centro da cidade e de lá pegar o ônibus para a cidade da trilha.

O grande problema foi justamente eu ter saído com os amigos e chegado de 4 da manhã, pra dormir...

De 7 horas Jessica (minha namorada) ligou pra mim e tentou me acordar pra eu ir para o local de encontro, porém eu simplesmente só falava “uhum, uhum, uhum” no telefone e depois (eu acho que) o telefone caiu no chão e desmontou deixando-o desligado...


Watever


De 9 da manhã a minha mãe me acordou pedindo pra eu deixar ela na igreja.

Eu pensei "FUUUUUCKKK!!! Já são 9 horas", liguei o celular, tinha 1 trilhão de chamadas não atendidas e umas mensagens do tipo “ittallo, eu vou esperar até 8 horas, se não eu vou sozinha!” “ittallo se vc não for eu vou ficar com raiva” “ittallo estou triste com vc, quando eu voltar eu te ligo, passe lá em casa hj”. Ai eu pensei “vou deixar mainha na igreja, depois passo na rodoviária pra saber os horários dos ônibus e de repente existe alguma possibilidade de eles ainda não terem ido”... Fui, conferi e confirmei que eles Já tinham ido...


Aí é onde começa o “combo”


Eu pensei “sabe de uma coisa? eu vou pra areia de “moto”! (uma traxx de 50 cilindradas)“ HAUEOFHIUEH. E fui... Simplesmente fui (a moto parecia que ia se torar no meio, com o motor já nas ultimas, uma carreira do carai (pra uma moto daquele tamanho) acho que eu tava viajando a uns 100 km/h na bixinha... fiquei até com pena do motor e de vez enquanto eu dava uma aliviada pra o bixo num explodir).


Cheguei à cidade, rodei um bocado à procura de alguma informação que levasse aos meus amigos, mas na cidade estava acontecendo “somente” uma cavalgada, misturado com umas trilhas loucas, tudo pelo aniversário de 65 anos da cidade.

O que me restou foi perguntar pra os “matutos” onde ficava a “barragem do pau-ferro”, que seria o destino final da trilha dos meus amigos, assim eu os encontraria e ficaria feliz para sempre...


Cheguei na barragem.. Cheguei feliz e percebi que eles ainda não tinham chegado lá (obviamente, por que tinham que andar 5 km a pé.


para explicar a situação, tem este mapa:

Nós começamos pela BR eles foram a pé pela trilha vermelha, e eu fui de moto pela trilha amarela...

Eu decidi ir pelo caminho contrário da trilha para encontrar eles em algum ponto no meio. Fui de moto e cheguei num lugar que a traxx não passava... Abandonei-a e subi a pé. Depois de uns 5 minutos caminhando, percebi que o caminho estava muito bom e que dava pra andar de moto “tranqüilo”. Bastava eu passar do ponto tenso. Quando eu ia voltando pra pegar a moto (justamente no ponto tenso), encontro com 2 motoqueiros que me ajudariam a passar a moto pelo ponto tenso. Acabei desistindo de passá-la pq a tensão era muito grande, então voltei pra a minha forever alonice na barragem...




Eu me escondendo da chuva em baixo da ponte de captação da barragem...


Já haviam se passado 2 horas e eu estava lá sozinho e com medo (dos ladrões). Pra acabar de foder, tinha começado a chover (aí eu ia ficar sozinho, com frio e com medo). Eu ja tinha tirado algumas fotos, quando de repente ouço vozes... Pensei: “Tomara que sejam eles, tomara que sejam eles... Tem voz de mulher no meio, devem ser eles... devem ser eles”... Fui caminhando em direção às vozes. Quando cheguei lá encontrei um pelotão de “coroas” trilhando (tinha um idoso lá que tinha 72 anos e era o que mais tinha pique). No meio do pelotão tinha um conhecido meu. Nós fomos conversando e eles começaram a subir a trilha. Como eu num tinha porra nenhuma pra fazer, decidi subir junto com eles (deixando pra trás a moto e o capacete). Depois de uns 5 ou 10 minutos, eu acabei me desprendendo do grupo por que eles andavam muito devagar (de ré, mais precisamente) e então seguí o caminho sozinho.


Eu tinha muita pressa... queria chegar o mais rápido possível aos meus amigos, pra voltar até a moto (isso se eu achasse alguém, que num era nada garantido. Era mais fácil eu me perder do que achar eles). Eu comecei a correr pra percorrer mais espaço no menor tempo possível, por que se eu chegasse ao fim da trilha (na BR, na ponta vermelha), eu ainda teria que voltar pra pegar a moto e tal...

Vídeo de uma parte de uma das carreiras que eu dei:

Eu estava correndo e andando rápido, o chão tava muito escorregadio, estava chovendo (o bom é que as árvores seguram bem a água), eu escorreguei e me lasquei todim (meu joelho ta ferrado até agora) e depois de uma longa caminhada (linha verde do mapa) eu ouvi mais vozes e pensei “por favor, tem que ser eles... tem que ser” olhei para a trilha e continuei andando... As vozes mudavam de lugar de acordo com o que eu andava (isso significava que eles estavam parados), não tinha nenhuma lógica seguir a trilha, já que as vozes pareciam vir literalmente DO MEIO DO MATO, mas não dava pra entender nada... Eu pensei em seguir a voz, andando pelo meio da mata fechada mesmo até chegar no local aberto que eles estavam (sabe-se lá quem eram as pessoas). Foi quando eu vi uma minúscula trilha, quase sumida no meio do mato... nem pensei e desci ela... Foi quando eu tive contato visual com 2 pessoas que eu não conhecia (e eu pensei ”fudeu... não são eles” “vou descer assim mesmo, nem que seja pra socializar e perguntar se eles viram alguém...”). Andei mais um pouco até o meu ângulo de visão abrir pra as outras vozes... primeira pessoa que eu vejo: “O Celta” Neste momento apareceu no centro da minha visão em caps lock “MISSION COMPLETE”... eu fiquei muito feliz de ter achado eles ali... Era praticamente como achar uma agulha num palheiro, eu até brinquei falando que eu tenho GPS de fábrica, mas o nome disso é “cagada” mesmo...

Passamos a tarde por lá e depois, perto da hora de ir, nós tínhamos um grande problema:

A minha moto estava em uma ponta da trilha e eles iam para a outra ponta da trilha...

O celta conhecia um atalho bem próximo, que nós tentamos pegar, porém não deu certo (linha rosa), então a única solução era dividir a galera:

Ia eu e mais alguém pra um lado, pegar a moto e ia o resto da galera pra a BR, esperar o ônibus. A idéia era justamente eu pegar a moto e ir encontrar com eles na BR, pra eles seguirem viagem, enquanto eu também voltava pra casa.

Como combinado, eu e Jessica fomos pegar a moto (ela era ágil, leve e minha namorada, tudo que eu precisava, pra seguir a trilha e depois subir na garoupa da moto...

Bonito... a trilha foi tranqüila e rápida. Num instante nós chegamos até a moto, porém começaram-se os problemas...

1º Roubaram meu capacete.

2º Com coisas demais na cabeça (ou melhor, de menos, já que levaram meu capacete), eu me perdi no caminho por 2 vezes (quase 3) .

3º Estava anoitecendo e eu não tinha farol (nem tenho, ainda)

4º tinha chovido durante a tarde e a estrada de barro tava parecendo um sabonete, de tão escorregadia, meus pneus estavam lisos e por isso eu quase caí umas 10 vezes...

Eu comecei a me estressar e só pensava em sair logo daquela maldita estrada de barro, até que consegui. Depois de sair, ainda perguntei se eu devia ir pra o lado da BR onde o Celta e as outras pessoas estavam ou se devia voltar pra a cidade. Voltamos para a UFPB e lá começamos a telefonar para resolver as coisas. O ônibus final ainda não tinha passado, mas uma coisa era certa. Eu não ia voltar pra campina por 2 motivos: Primeiro eu não tinha capacete, depois, eu não tinha farol...

Jessica decidiu não voltar pra campina pra me apoiar em Areia até o outro dia, onde eu resolveria os meus problemas. Nós saímos pra saber quanto custava cada pousada e fomos jantar (acabamos descobrindo que jantar era muito caro e comemos só uns hot dogs mesmo)...

Descemos para uma lan house (que a conexão era quase uma discada) e eu comecei a explicar pra a minha mãe o que tinha acontecido comigo (tudo bem, eu menti pra ela... mas se eu fosse falar a verdade, provavelmente ela ia muer e bla bla bla bla... então optei pela mentira mesmo...) (Aqui o link da minha conversa com mainha).

Depois de sair da lan house, nós fomos saber o preço das outras pousadas e a gente descobriu que o nosso orçamento ia ficar apertado... Juntando tudo, nós tínhamos 70 reais (-10 que nós gastamos de sanduíche) a pousada mais barata custava 50 reais e o banco não estava mais aberto. Até que uma alma caridosa falou sobre “o colégio de freiras”... Isso mesmo.. uma escola lá que é quase um convento chegamos lá e era 20 reais por pessoa, quartos separados e tal... Era muito mais barato do que os 35 por pessoa que a gente encontrava pela cidade. Eu já tava quase fechando negócio com as “coroas” lá, quando descobri que o toque de recolher era de 22h (PQP, era dia de festa na cidade e eu num ia perder ela por nada... já ta lascado mesmo, então pelo menos curte a festa...

Fomos para a pousada de 50 reais mesmo, que ficava APENASMENTE de lado do palco da festa (nem queria), alugamos o quarto, fomos para a festa (com a roupa que era só lama... parecia que eu tinha caído na lama e ido pra a festa... (ah é... eu caí)) bebemos os 10 reais restantes e quando acabou a festa, fomos dormir...

No outro dia de manhã, mainha mandou o capacete por um aluno da UFPB e ficou tudo certo pra mim... mas areia é uma cidade muito legal, então nós decidimos rodar um pouco mais... só que esta rodada foi se estendendo e quando nos “ligamos” já eram 4 da tarde. Jessica foi comprar a passagem dela e o próximo horário era de 5 e 20.

A partir de agora começa a parte mais agoniante da minha viagem...

Eu ainda estava na moto que não tinha farol e eram 5 da tarde... eu tinha que ir rápido, se não não dava tempo de chegar de dia em campina.

Quando cheguei em Remígio, já estava de noite... passei na federal com o cu na mão, por causa que eu não tinha farol, quase fui parado, e segui viagem...

Vc sabe o que é pilotar uma merda (q não é uma moto) na BR de noite, sem farol e ainda por cima COM UMA NEBLINA DO CARAI?

Provavelmente não sabe... só dou um conselho:

Não queira saber o que é isso...

EU fui na raça, pq era o jeito mesmo, eu não tinha nenhum farol (a não ser um led azul) e tava andando com a sinaleira ligada pra não ser esmagado pelos carros... O bom era que a seta quando piscava, clareava um pouco e dava pra ver a linha da pista, assim eu não saía dela...

9 comentários:

  1. Calango, vc pode dizer que está vivendo de verdade! o sabor da aventura, a tensão, os riscos, os sorrisos... tudo isso é o combustivel da vida! (comentário altamente gay, mas verdadeiro) kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk na próxima quero estar presente! risos garantidos :D adoro, irmão!

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  2. em pouco tempo esse bixo vai ter mais experiencia de vida do que grampinho pai

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Mermão,depois dessa odisseia vc pode passar o resto da vida deitado na cama que ja tem o bastante pra contar pros netos...
    Me arrependi de não ter ido.

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  5. Velhooo, me pelei de rir.. só de ler e me lembrar de tudo... Loucura de mais..
    Tu é mais doido do que eu imaginava.. kkkkkkkkkkk
    Eu fico apenxas calada sobre mim tbm.. Tô me preparando ainda pras broncas de painho. :~~
    Mas valeu muito apena.. Acho que faria tudo de novo. KKKK
    Mas com mais emoção. Se dé.

    =**

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  6. kkkkkkkkkkkkkkkk.. você o cara mais doido que já conheci brother XD

    sinceramente eu não teria esta coragem nem de sair de casa com ressaca para ir atrás de um bando de gente no meio da mata

    condecorado com um Bracelete de Prata, não por sue ato de insânia ( :P ) mas pela missão completa hehehehe

    força e honra

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  7. Caraaaaaaaaaaamba!
    Isso é q é força de vontade!

    Só p constar, eu já me perdi só de ver o mapa, se fosse no mato mesmo eu só ia sair depois de uma semana!

    Mas eu já fiz essa trilha e é DU CARALHO mesmo! (Não q fazê-la nas condições q vc fez seja comparável)

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  8. EUHEUHUEHUE!!! A aventura está lá fora!! #UpAltasAventuras. xDDD~

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  9. vc eh doido eh bom saber a história na integra.
    vc dormiu com jessica? hohoho bom saber
    hihihiih

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